Quando me deram este “amuleto” não sei se sabiam o que me estavam a oferecer. A minha “identidade”.
“A obra ” Not For Sale” nasce da análise sobre o confronto entre a crise económica que agora sente-se a nível global e a crescente crise de valores que a acompanha. Numa época em que “Penso, logo existo ” parece ter sido substituido pelo ” Tenho, portanto, existo ” , tudo parece ser negociável, e tudo parece ser monetariamente valorizado no mercado das ações da perversão gerado e gerido pelo sistema capitalista existente. Este sistema indiferente dá a devida importância às necessidades do indivíduo porque o próprio indivíduo é obrigado a integrar esse mesmo sistema materialista para garantir a sua sobrevivência no palco de olhares inúteis, levando ao sofrimento e sentimento de desespero quando eles não podem ser alcançados . O império da matéria é predominante, mas não verdadeiramente valorizando o Ser Humano e a sua autenticidade. (…) Há coisas imaterias que não podem ser negociadas como se de produtos se tratassem, como por exemplo a confiança, a amizade, o amor, as memórias, os sonhos, a alegria, a inocência, a honestidade, o respeito, etc… (…) Estes valores cuja verdadeira essência proibe qualquer tipo de valorização financeira, manifestam-se sob a premissa da riqueza satisfatória e verdadeira do Ser Humano.” by Ana Cardim
Não há melhor frase que me defina. O mau feitio de que TANTA gente fala sobre mim, não é mais do que uma fiabilidade não negociável aos meus valores. Para uns essa fiabilidade vai vestida de dureza, mau feitio, ser convencida e bla, bla, bla…
Esta minha “etiqueta” suscita a curiosidade de muitos, o que me deixa contente. Não só porque tenho um orgulho desmesurado em desfilar esta peças de arte da artista e agora minha querida amiga Ana Cardim, mas também porque talvez os deixem a pensar um pouco nesta crise de valores em que vivemos. Também sei que a maioria nem percebe o que o “Not for Sale” significa e isso vê-se pelo risinho que se segue quando respondo à pergunta “O que diz a etiqueta?”. Só consigo ter pena, muita pena.
Sejam mais verdadeiros com vocês mesmos e verão que o guarda roupa é completamente diferente. E com isto deixo-vos com este trabalho magnífico da Ana Cardim.
E quem não segue de olhos vendados esse consumismo desenfreado é posto de parte e rotulado. Deixa de se poder encaixar nas conversas e nas saídas. Tenho o que tenho o opção não por ser moda ou porque a+b têm. Venham de lá os rótulos a minha personalidade absorve e deita fora como lixo que são.
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Belo texto ! Não tinha qualquer dúvida desta tua faceta de ‘escritora’ , uma boa forma de expressão para essa tua personalidade de força e energia ! Verdade que o teu feitio á primeira é um pouco incompreendido mas verdade que és tão genuína e tão bondosa e tão bom coração , obrigada por me teres feito ver que afinal és um ser fantástico 🙂 o teu guarda roupa é lindo mas és inda mais linda sem qualquer adereço como tu própria vais demonstrando na tua essência .
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